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Lato Sensu, Stricto Sensu Ou MBA?


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Uma das mais destacadas regentes brasileiras da atualidade, a maestrina Ligia Amadio, que esteve à frente da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas em 2009, quando passou a residir pela cidade, notabilizou-se internacionalmente por sua conhecida imposição artística e performances vibrantes. Tua atuação estende-se por cerca de 30 países e lhe rendeu uma infinidade de prêmios.




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Desde 2011, Ligia tem atuado no cenário internacional, entretanto revela que está “com as baterias recarregadas” e pronta a fazer novos projetos no Brasil. Um tanto de seu trabalho e carisma podem ser conferidos no concerto que ela rege por esse sábado (26), à frente da OSMC, dentro da programação do Mês de Carlos Gomes, na Pedreira do Chapadão.


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Caderno C: Você se formou em Engenharia de Criação pela Universidade Politécnica da USP, porém a toda a hora esteve envolvida com a música? Ligia Amadio: Sim. Creio que a toda a hora, mesmo antes de nascer, pelo motivo de minha mãe tem uma voz maravilhosa, estudou canto lírico e a todo o momento cantou muito. Com cinco anos, pedi pra aprender piano, que ia aos ensaios do coro, com minha mãe, e me impressionava o esplêndido órgão que havia pela igreja. Aprendi a escrita musical antes mesmo de ser alfabetizada.


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E foi minha primeira professora de piano, a Maria Cristina da Ponta Fiore, quem me ensinou, simultaneamente, a ler e a digitar. No momento em que decidiu que iria se esforçar integralmente à música? No decorrer do curso de Engenharia de Produção. No terceiro ano comecei a frequentar o Coralusp e passei de forma acelerada de cantora a ensaiadora, porque tinha amplos conhecimentos musicais e tocava piano. Meu gosto se definiu completamente nessa data. Continuei fazendo Engenharia, mas prontamente fui me preparando pra prestar o vestibular de Música, então que concluísse o curso.


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E foi o que aconteceu. Quando me formei na USP, entrei para a Unicamp, no Bacharelado em Música, pra preparar-se regência. Você prontamente esteve à frente de grandes orquestras. Poderia referir outras que foram mais representativas? Por quase 13 anos regeu a Orquestra Sinfônica Nacional (OSN). Como é a experiência de continuar tanto tempo à frente de uma orquestra? Fui eleita pelos músicos da OSN para ser sua regente titular e por mais de uma década ocupei essa posição. O lado positivo de uma longa convivência reside na escolha de imprimir uma personalidade artística a uma orquestra e construir um caminho de desenvolvimento.



Em nosso caso, em típico, realizamos temporadas de alta qualidade artística, com um progresso permanente de público, além de realizar uma série de gravações significativas para o Ministério da Educação (MEC), destinadas a retratar a história da música brasileira. Também, a OSN voltou a gozar de teu velho prestígio, apresentando-se nos principais palcos brasileiros e realizando, ante nossa direção, tua primeira (e, infelizmente, única) viagem internacional.


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Teu trabalho à frente da OSN lhe rendeu alguns prêmios. Poderia citar quais foram eles? Você bem como acumula prêmios em concursos internacionais. Quais os mais relevantes? Como foi a experiência de estar à frente da Sinfônica de Campinas? Estive à frente da OSMC no ano de 2009. Foi uma atraente experiência artística, premiada por um público a cada dia mais entusiasta.


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Nossos concertos eram disputados e várias vezes deixamos o público desapontado, dado que se esgotavam as entradas pros concertos. Infelizmente, foi um período demasiadamente curto, o da minha gestão, e não pude doar continuidade aos projetos artísticos que tinha em mente. Lutei pelo crescimento da OSMC, uma das mais sérias orquestras brasileiras, porém não recebi o crucial apoio da administração pública naquele momento. No ano passado você esteve à frente da Filarmônica de Bogotá, num trabalho especial.